A Groover trouxe uma entrevista completa com o Geninho, um dos fundadores do grupo de rap Oriente.
A trajetória de Geninho começou logo aos 14 anos e desde então não parou. Já fez turnês pelo Brasil e pelo Estados Unidos, criou um selo e um aplicativo para artistas independentes, e hoje foca em direcionamento artístico.
👉 Nós conversarmos com ele sobre seus projetos profissionais, suas mais recentes descobertas artísticas e sua opinião sobre a Groover.
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1. Geninho, você poderia nos contar um pouco mais sobre a sua história?
Minha história na música tem muita influência dos amigos do meu irmão. Primeiro tive contato com o Rafael, um guitarrista que me apresentou o cenário do hardcore californiano e logo me apaixonei pelo estilo. Bad Religion, Offspring, Pennywise, Green Day eram as bandas que eu mais ouvia.
Pouco tempo depois conheci o Forage, produtor musical e DJ que também estudou com meu irmão. Foi quem me apresentou o Rap e todas minhas referências até hoje. Pra você ter noção do quão doido por rap ele era, ele dividia os artistas e os álbuns americanos por cidade e estado. Então foi assim que comecei a entender a diferença entre o rap californiano, novaiorquino, texano, etc.
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Minha aspiração profissional começou mesmo aos 14 anos, quando comecei a fazer beatbox em matinês aqui na cidade de Niterói, RJ. No ano seguinte, fundei o Oriente junto com o Nissin, Chino, Nobru e Forage.
Foram 12 anos viajando com o grupo pelo Brasil por onde me apresentei em 17 capitais e muitas cidades do interior, além de duas turnês nos Estados Unidos.
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2. Você poderia nos contar também sobre o seu trabalho de direção artística através do selo Original Boca e o app Music Pro.
A Original Boca também cuidava da distribuição digital dos artistas do selo e devido ao aumento da procura por esse serviço surgiu a oportunidade de desenvolver o app/site MusicPRO. Focado em distribuição digital e tecnologia para novos artistas, o MusicPRO traz inovação para o mercado independente, além de ser a única distribuidora digital que oferece um atendimento via chat com proximidade e transparência com os artistas.
👉 Todas as informações necessárias para entender mais nosso trabalho você pode encontrar no site oficial. Confira abaixo o último lançamento da Original Boca:
3. Geninho, o que os artistas emergentes devem fazer para se destacar em um mercado tão competitivo?
Os principais diferenciais que um artista emergente pode apresentar são: organização e profissionalismo. As pessoas associam essas palavras a artistas grandes, mas é possível ser emergente, iniciante e mesmo assim ser profissional no que faz, desde se planejar para gravar e lançar suas músicas a ter compromisso com horários.
Além disso, ter uma vida burocrática organizada ajuda muito quem faz o trabalho todo sozinho(a). Documentações e registros vão sempre estar presente na vida de um artista, então é melhor aprender a lidar com eles logo no início do que entregar na mão de alguém que pode te enganar e fazer todo o resto ir por água abaixo. A parte artística é a mais fácil, por incrível que pareça.
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4. Quais foram as suas descobertas favoritas na Groover?
👉 Vou listar alguns nomes que me chamaram atenção, a maioria é internacional:
- Liza Monet: MC francesa muito versátil que faz seus próprios raps e também canta muito bem.
- Peter Lake: produtor/cantor que não mostra o rosto mas sempre traz os mais profundos sentimentos em suas músicas e clipes.
- Moun Kpp: trapper francês novinho, não deve ter nem 20 anos, muito talentoso e muito comprometido com o trabalho.
- Izzy La Reina: brasileira radicada nos Estados–Unidos que parou a Groover no seu lançamento com seu charme, elegância e qualidade musical.
- Phily: brasileiro que faz um pop acústico totalmente comercial e se destacou logo na sua primeira música de trabalho.
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5. Geninho, que tipo de serviços você oferece aos artistas que são aprovados por você na Groover?
Os artistas que eu aprovo e que desejo manter um contato, sempre disponibilizo meu e-mail para tirar dúvidas, acompanhar o desenvolvimento e formar pontes para trabalhos futuros.
Além disso, sou curador de algumas playlists no Spotify onde encaixo as músicas que recebo no Groover sempre que acho que condiz com o estilo, a maioria das playlists que cuido são de Rap.
6. Geninho, em quais aspectos você acredita que a plataforma pode ajudar curadores/profissionais da música e artistas independentes?
O ponto principal que acredito que a plataforma possa ajudar os curadores é através de networking, apresentando novos artistas e criando conexões que não aconteceriam fora da Groover.
Já para os artistas independentes, acredito que a maioria foca em entrar playlists e ser divulgado pelos curadores, mas na minha concepção, poder ter um profissional com quem possa conversar sobre seu trabalho, tirar dúvidas e pegar dicas de como melhorar, é mais valioso do que qualquer outra coisa.
– Entrevista por Max Leblanc –