A Groover traz hoje na série “Bate-Papo com influenciador” uma entrevista completa com o Geninho, um dos fundadores do Oriente, um dos maiores grupos de rap brasileiro dos últimos anos. Sua trajetória na música começou logo aos 14 anos e desde então ele não parou. Já fez turnês pelo Brasil e pelo Estados Unidos, criou um selo e um aplicativo para artistas independentes e hoje foca na parte de direcionamento artístico.
É um grande privilégio termos o Geninho como curador na Groover, ele é um nome de respeito na cena musical independente, já tendo trabalhado com grandes nomes da música brasileira. Nós conversarmos com ele sobre seus projetos profissionais, suas mais recentes descobertas na plataforma e sua opinião sobre a Groover.

Geninho (@ge.ninho)
1. Geninho, você fundou o Oriente, um dos grupos de rap que mais se destacou nos últimos anos na cena brasileira. Além disso, é um grande produtor, diretor musical e um apaixonado pelo hip-hop. Você poderia nos contar um pouco mais sobre a sua história?
Minha história na música tem muita influência dos amigos do meu irmão. Primeiro tive contato com o Rafael, um guitarrista que me apresentou o cenário do hardcore californiano e logo me apaixonei pelo estilo. Bad Religion, Offspring, Pennywise, Green Day eram as bandas que eu mais ouvia. Pouco tempo depois conheci o Forage, produtor musical e Dj que também estudou com meu irmão. Foi quem me apresentou o Rap e todas minhas referências até hoje. Pra você ter noção do quão doido por Rap ele era, ele dividia os artistas e os álbuns americanos por cidade e estado. Então foi assim que comecei a entender a diferença entre os Raps da Califórnia, Nova York, Texas, Memphis, Atlanta, Chicago, entre outros.
| Confira também: Qual é o papel de um produtor artístico?
Mas o meu lado profissional começou mesmo aos 14 anos quando comecei a fazer Beatbox em matinês aqui na cidade de Niterói, RJ. No ano seguinte, comecei o Oriente junto com o Nissin, Chino, Nobru e Forage. Foram 12 anos viajando com o grupo pelo Brasil por onde me apresentei em 17 capitais e muitas cidades do interior, além de duas turnês nos Estados Unidos.
2. Hoje, fora do grupo, você tem se destacado por seu trabalho de direção artística. Principalmente através do selo Original Boca e o app Music Pro. Você poderia nos contar um pouco mais sobre?
3. Geninho, você já trabalhou com grandes nomes do rap, como Rashid, Cynthia Luz e Luccas Carlos. Mas, pensando nos artistas emergentes, quais seriam os pontos que eles deveriam se atentar em sua carreira em um cenário tão competitivo?
| Leia também: Bate-papo com Tony Aiex, fundador do Tenho Mais Discos Que Amigos!
Os principais diferenciais que um artista emergente pode apresentar são organização e profissionalismo. As pessoas associam essas palavras a artistas grandes mas é possível ser emergente, iniciante e mesmo assim ser profissional no que faz, desde se planejar para gravar e lançar suas músicas a ter compromisso com horários. Além disso, ter uma vida burocrática organizada ajuda muito quem faz o trabalho todo sozinho(a). Documentações e registros vão sempre estar presente na vida de um artista, então é melhor aprender a lidar com eles logo no início do que entregar na mão de alguém que pode te enganar e fazer todo o resto ir por água abaixo. A parte artística é a mais fácil, por incrível que pareça.
4. Quais foram as suas descobertas favoritas na Groover?
Vou listar alguns nomes que me chamaram atenção, a maioria é internacional.
- Liza Monet, Mc francesa muito versátil que faz seus próprios Raps e também canta muito bem.
- Peter Lake, produtor/cantor que não mostra o rosto mas sempre traz os mais profundos sentimentos em suas músicas e clipes.
- Moun Kpp, Trapper francês novinho, não deve ter nem 20 anos, muito talentoso e muito comprometido com o trabalho.
- Izzy La Reina, brasileira radicada nos Estados-Unidos que parou a Groover no seu lançamento com seu charme, elegância e qualidade musical.
- Phily, brasileiro que faz um pop acústico totalmente comercial e se destacou logo na sua primeira música de trabalho.
| Veja também: Izzy La Reina divulga seu primeiro single “Diabla” usando a Groover
5. Geninho, que tipo de serviços você oferece aos artistas que são aprovados por você na Groover?
Aos artistas que eu aprovo e que gostaria de manter um contato sempre disponibilizo meu e-mail para tirar alguma dúvida que possa ter ficado no meu feedback, acompanhar o crescimento e formar pontes para novos trabalhos. Além disso, sou curador de algumas playlists no Spotify onde encaixo as músicas que recebo no Groover sempre que acho que condiz com o estilo, a maioria das playlists que cuido são de Rap.
6. Geninho, em quais aspectos você acredita que a plataforma possa ajudar curadores/profissionais da música e artistas independentes?
| Assista ao vídeo e entenda como usar a Groover
O ponto principal que acredito que a plataforma possa ajudar os curadores é através de networking, apresentando novos artistas e criando conexões que não aconteceriam fora da Groover. Já sobre os artistas independentes, acredito que a maioria foca em entrar em alguma playlist e ser divulgado pelos curadores, mas na minha concepção, poder ter um profissional com quem possa conversar sobre seu trabalho, tirar dúvidas e pegar dicas de como melhorar é muito mais valioso do que qualquer adição em playlist.