O mercado musical está vivenciando um “boom” dos selos musicais. Com o advento da música independente e as transformações da indústria, os selos independentes chegaram para trabalhar de um jeito diferente: focando em artistas emergentes com potencial de crescer a longo prazo.
A Groover tem um papel fundamental na relação dos artistas com os selos independentes. Através da nossa plataforma, você, artista, pode enviar a sua música para mais de 355 selos independentes do Brasil e do mundo.
Entre em contato com mais de 350 selos independente do mundo todo! 🚀
Nós garantimos que você receberá um feedback profissional por parte dos selos independentes contactados e quem sabe será chamado para uma reunião profissional caso eles gostem bastante do seu som.
No artigo de hoje, nós convidamos 7 selos independentes para falarem um pouco sobre o trabalho deles, seus artistas e a importância de um selo para o mercado musical. Todos os selos selecionados são de diferentes partes do Brasil e trabalham com diferentes gêneros musicais.
Além disso, nós convidamos também a Groover Obsessions, o selo da Groover, que usa a plataforma e a tecnologia para desenvolver a carreira de seus artistas.
Lazy Friendzzz
1. Vocês poderiam contar um pouco sobre o trabalho de vocês?
Fala galera! Prazer conversar com vocês! A Lazy Friendzzz é formada por Matheus Pinheiro (esse que vos fala), Gui Flowerz e rabolaser. Nós 3 somos produtores e compositores e fundamos a Lazy oficialmente em 2021.
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No início não éramos um selo, começamos apenas como um estúdio/time de produção e composição para artistas em Limeira, no interior de SP. Nós 3 sempre tivemos bandas e projetos juntos, como por exemplo a banda Cigana. Em 2020, começamos a montar nosso estúdio na chácara do Gui, numa área rural de Limeira/SP e decidimos focar e profissionalizar nossas produções.
Desde então, além das nossas próprias músicas, fomos nos envolvendo com diversos artistas de diversos gêneros aqui da região, principalmente produzindo e escrevendo para eles. Com o passar do tempo, fomos tendo a necessidade de centralizar nossas novas produções e trabalhar esses lançamentos de uma maneira mais uniformizada e profissional. A partir daí decidimos começar a desenvolver esse trabalho de selo também.
Então, além da produção musical, começamos a trabalhar a distribuição digital, o planejamento e o marketing dos artistas. Inicialmente só com nossas próprias produções e desenvolvendo alguns lançamentos de outros artistas que nós não produzimos musicalmente, como o Bahsi e o Daniel Pandeló Corrêa, mas que têm muita conexão com nós.
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2. Qual é a importância dos selos independentes para o cenário independente?
Vejo duas atuações importantíssimas. A primeira é o fortalecimento de algumas frentes que o artista não consegue lidar sozinho, como é o caso do planejamento estratégico, marketing, produção audiovisual, imprensa e etc.
A segunda é o conceito de funcionar como uma curadoria para quem realmente se importa com música. Por exemplo, você conceber uma estética de qualidade em todos os eventos e produtos que o selo assina.
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3. Quem são os artistas que compõem o selo de vocês?
- Bahsi (indie/alternativo)
- Gui Flowerz (alternativo)
- Cigana (alternativo/indie)
- rabolaser (hyperpop)
- Daniel Pandeló Corrêa (experimental/spoken)
4. Quais são os projetos e as expectativas do trabalho de vocês e para os selos musicais no Brasil em geral?
Nós não temos expectativas muito altas em relação a números ou shows, trabalhamos de uma maneira bem “pé no chão” por enquanto. Nosso foco está em apresentar o trabalho dos nossos artistas para a pessoa certa da maneira certa, conectar a arte com quem realmente se importa e pensar em um crescimento a longo prazo.
Até porque o selo está começando agora também. Neste fim de ano estamos lançando o álbum do Bahsi, “Magu’s Party” e o EP do Daniel Pandeló Corrêa, “Em Glória ou em Ruína”. Para o futuro próximo temos músicas novas do Gui Flowerz, do rabolaser e de um projeto inédito que estão sendo lapidadas e deverão pintar por aí no ano que vem.
Me Gusta Records
1. Vocês poderiam contar um pouco sobre o trabalho de vocês?
A Me Gusta Records é oriunda da produtora Me Gusta, que completa 12 anos de estrada e foi responsável por grandes festas no Rio de Janeiro. Em 2019, Thiago Pazos e Raphael Beranger se juntaram a Fernando Deperon, um dos criadores da produtora, e iniciaram o projeto da gravadora.
De lá pra cá, temos lançamentos regulares, todos os meses, e, entre singles, EPs e compilações, temos mais de 30 releases no catálogo. Dentro do label, nos dividimos em funções, o que contribui bastante para o desenvolvimento das tarefas.
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2. Qual é a importância dos selos musicais para o cenário independente?
O nosso papel é sempre equilibrar nosso catálogo com artistas mais renomados e a safra mais jovem de produtores, pois acreditamos na constante renovação da cena eletrônica.
Consideramos importante a visibilidade do selo para alavancar o crescimento da nova geração de talentos, para que ela seja reconhecida e propagada da melhor forma possível, seja na Me Gusta Records ou fora dela. Dessa forma conseguiremos deixar um importante legado para as próximas gerações.
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3. Quem são os artistas que compõem o selo de vocês?
Como citamos anteriormente, são quase 40 lançamentos até aqui, então temos um vasto número de artistas. Além dos nossos residentes T_Pazos e Beranger, já lançamos, entre outros, produtores como:
4. Quais são os projetos e as expectativas do trabalho de vocês e para os selos musicais no Brasil em geral?
A nossa meta é conseguir expandir ainda mais a projeção da gravadora, pois acreditamos que isso dará ainda mais visibilidade aos nossos artistas. Temos ótimos produtores no Brasil que buscam seu espaço, mas alguns deles não sabem por onde começar, e acreditamos na importância dos selos nesse sentido.
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Relva Music
1. Vocês poderiam contar um pouco sobre o trabalho de vocês?
Meu nome é Rico Manzano, sou fundador da Relva Music, produtor musical, beatmaker, músico e compositor paulistano. Trabalhei com diversos artistas: Duda Pimentas, Elza Soares, MC Soffia, MEL, Nego Bala, Bia Nogueira, Tonyyymon, Lafetah, Ina Magdala, Maira Tonnezer, entre outros.
Nos últimos anos também gravei trilhas sonoras para filmes, comerciais e documentários, recebendo o prêmio de Melhor Produtora de Trilha Sonora para Cinema em 2021 pelo PPM. Me formei em Música, Produção Musical e Direito, no Direito trabalhei como advogado até 2015, especificamente com Direito Autoral, em projetos com Caetano Veloso, Baiana System, Yoko Ono, Criolo, Lenine, Nação Zumbi, O2 Filmes, onde aprendi muito. Hoje em dia esse conhecimento me ajuda muito em diversas situações que vivencio no mercado musical.
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A Relva Music é um sonho antigo de criar um selo para contribuir com o cenário independente brasileiro e possibilitar que artistas em início de carreira, mas com um bom material, consigam realizar um lançamento digno. No meio da pandemia decidi que esse era o momento. Em 2021, eu e meu ex-sócio Rodolfo Lacerda decidimos abrir o selo com o intuito principal de realizar um pitching qualificado junto às distribuidoras e plataformas de streaming para que estes lançamentos tivessem destaque.
Realizamos mais de 160 lançamentos em pouco mais de um ano, alcançando um catálogo de mais de 200 músicas e entrando em mais de 25 playlists editoriais de todos os streamings.
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No meio desse caminho abrimos também nossa editora Relva Music Publishing e nosso setor de licenciamento e sincronização, oferecendo nosso catálogo para produtoras audiovisuais e supervisores musicais do Brasil e do mundo. A Relva Music também realiza o gerenciamento completo da carreira da artista teen Duda Pimenta (maior artista teen preta brasileira no Instagram).
Temos também nosso estúdio de produção musical na Vila Madalena em São Paulo, onde realizamos a gravação de artistas e trilhas sonoras.
A Relva Music realiza lançamentos de artistas de diversos gêneros e estilos, não temos uma premissa baseada em estilo musical, e sim em novos artistas da cena brasileira, seja de qual parte do país, gênero e estilo, nosso recorte de cena é baseada na nova música brasileira como um todo, nos novos e novas artistas, essa cena pujante. Neste momento estamos focados em ampliar nosso catálogo para sincronização e licenciamento para o setor audiovisual.
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2. Qual é a importância dos selos musicais para o cenário independente?
O selo musical tem uma relevância primordial na construção do cenário independente da música, pois os selos possibilitam que artistas de pequeno e médio porte consigam trabalhar de forma profissional e com um suporte de profissionais que antigamente apenas estavam disponíveis em grandes gravadoras.
Hoje em dia é muito interessante observar que a receita de vários selos é bem significativa dentro do cenário musical acarretando toda uma situação de mercado que prevalece a todos que participaram dele. Os selos independentes também acabam organizando melhor o cenário independente, inclusive, possibilitando que artistas que não façam trabalhos tidos como “comerciais”, consigam um suporte e alcance mais relevante na indústria da música.
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3. Quem são os artistas que compõem o selo de vocês?
Entre outras e outros, esses são alguns dos nosso artistas:
4. Quais são os projetos e as expectativas do trabalho de vocês e para os selos musicais no Brasil em geral?
Estamos bem empolgados para o ano de 2023, a retomada do setor cultural é visível e agora estamos justamente planejando nossas ações para o ano que vem: lançamentos de fonogramas, ampliação da nossa editora Relva Music Publishing, ampliação da nossa equipe e ampliação da nossa participação no mercado audiovisual.
Além disso, pretendemos continuar oferecendo o nosso catálogo para sincronização e licenciamento para produtoras audiovisuais, sincronização em filmes, comerciais, games, etc. Também vamos continuar realizando nossos cursos de formação no mercado musical e curadoria artística.
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Life’s Too Short
1. Vocês poderiam contar um pouco sobre o trabalho de vocês?
A Life’s Too Short começou como uma produtora de shows de bandas independentes que organizava pequenos eventos em Recife – PE. Começamos a criar conteúdo a partir dos eventos que nós realizávamos e fazíamos registros audiovisuais das bandas ao vivo, e logo percebemos que poderíamos também assumir outras pontas da indústria musical. A partir daí decidimos criar um selo musical.
Como selo, nós auxiliamos novos artistas a lançarem seus trabalhos para o mundo. Ajudamos as bandas com a concepção artística, identidade visual, fotografia, canais de divulgação, além do contato com a imprensa e outras produtoras. Também produzimos eventos e ajudamos o artista a encontrar novos locais para tocar.
Em 2022, também produzimos um programa de rádio que integrava a programação da Frei Caneca FM, a rádio pública do Recife, nos quais ajudamos a divulgar o trabalho de novos artistas e bandas do Brasil.
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2. Qual é a importância dos selos musicais para o cenário independente?
Nas cenas musicais, os selos assumem um papel importante, que é o de mediar a relação dos artistas com o mundo. É através dos selos que novos artistas podem alcançar um público que se interessa pelo som que ele faz e criar uma identificação estética com outros artistas.
Um selo engajado com a cena que faz parte tem o poder de alavancar a carreira de artistas, porque ao apostar em um lançamento, o selo valida o trabalho do artista para o público que o acompanha. Uma cena musical com muitos selos comprometidos se torna uma cena conectada, inovadora e em constante evolução.
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3. Quem são os artistas que compõem o selo de vocês?
Hoje nosso catálogo conta com 6 lançamentos de 4 artistas:
- Julles
- Aventura
- aff
- felipesdds
Em breve estaremos lançando um single de um artista francês, que conhecemos aqui pela Groover.
4. Quais são os projetos e as expectativas do trabalho de vocês e para os selos musicais no Brasil em geral?
Nossa principal expectativa é retomar o ritmo de eventos que a gente tinha antes da pandemia estourar aqui no Brasil. Vários espaços culturais fecharam as portas durante esse momento e as coisas só estão começando a melhorar agora. Além disso, vamos manter o selo lançando material novo e mapeando novos artistas para entrar no nosso casting.
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Seloki Records
1. Vocês poderiam contar um pouco sobre o trabalho de vocês?
Sou o Otto Dardenne, label manager da Seloki Records, uma espécie de gravadora/produtora/selo sediada em São Paulo. A ideia de criar a Seloki veio da necessidade de ter um canal para unir e propagar nossas iniciativas dentro do movimento que geramos nos estúdios Fiaca e Mameloki. Muitas bandas e artistas que gostávamos estavam literalmente no nosso quintal de casa, não tinha o porque não concretizarmos esta ideia e assumir a responsabilidade de ser um selo.
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Nós temos nossas bandas, rodamos um pouquinho pelo sudeste e sul e tivemos nossas experiências que nos trouxeram um certo conhecimento. É muito válido compartilhar esse conhecimento pra quem tá chegando. Muitas pessoas também já perguntavam se a gente era um selo kkk, só faltava assumir mesmo.
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2. Qual é a importância dos selos musicais para o cenário independente?
Acredito que selos também podem ser comparados a “turmas“. Não me desce muito a birra de quem justifica nos outros “formar panelas“. Querendo ou não, vivemos no Brasil e precisamos entender a realidade do nosso nicho, a música ainda é algo muito pessoal, principalmente no começo, e trabalhar com os amigos é um primeiro passo para se chegar no profissionalismo, ou seja, muitas vezes é melhor se organizar com seus similares do que ficar na cola de quem já está com um trabalho desenvolvido e não vai ter tempo de dar atenção necessária a novos artistas. Tem que ter paciência.
A existência de selos dentro de um circuito musical é tão fundamental quanto bandas venderem suas camisetas ou casas de show terem um bom backline. Na verdade, a ideia de diferentes turmas realizarem seus próprios movimentos em seus bairros é um preceito básico para a proliferação da cultura independente – “a saída é coletiva”, já diriam nossos amigos do selo Logologo.
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3. Quem são os artistas que compõem o selo de vocês?
Este ano de 2022 lançamos:
- EP e uma turnê por SP do Eiras e Beiras
- Single “Netuno” do MONCHMONCH antecedendo o disco “A Guardilha Espanca Tato”
- EP “Fundo da Meia” e shows d’Os Fonsecas
- O famoso “Disco Rosa do Lulinha” do produtor Lauiz (tecladista da banda Pelados)
- O primeiro EP “Aqui e Agora” do artista plástico Pedro Pezte
- Fitas K7 da Balbela (RJ) e Dindinha (RJ)
- Lançamentos futuros: Leo Fazio, João Lucas Ribeiro, o duo carioca Mundo Vídeo, entre diversas outras aventuras sonoras.
A gente não fecha um contrato com as bandas no sentido de “agora vocês fazem parte do selo”, trabalhamos por lançamento e procuramos entender a necessidade/vontades das bandas e de como cada um quer fazer o seu lançamento. Nossa plataforma favorita é o Bandcamp, onde fica bem nítido quais são os lançamentos da Seloki, quem trabalhou nas obras, entre outros segredinhos, é bem divertido.
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4. Quais são os projetos e as expectativas do trabalho de vocês e para os selos musicais no Brasil em geral?
Para o ano de 2023 continuaremos com os Bailokis, nossas festas de curadoria ousada, além de todos os shows que produzimos em casas parceiras como a Porta e o FFFront. Além disso, investiremos pesado em merch, fitas k7 e na materialização da música.
Também temos sessões ao vivo a serem lançadas, assim como a nossa segunda edição do “BATEVOLTA” com Oruã e Boogarins no Circo Voador. Ih…tem coisa viu, se tem uma coisa que a gente não faz é ficar parado, estamos nos organizando para lançar todo esse material bem direitinho, para alcançar bastante gente, ter bastante gente indo nas festinhas e curtindo a vida na boa.
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É importante lembrar que vencemos as eleições também né, ainda não trabalhávamos com cultura quando tínhamos um governo com ministério da Cultura, o que nos enche de esperança.
Por exemplo, aquele vídeo do Gilberto Gil tocando na ONU quando era Ministro da Cultura no Brasil parece algo surreal, por um tempo foi difícil de acreditar que isso teria chances de voltar. Temos que estar ligados nos editais, em políticas públicas e nos organizar para ter todo o material de trabalho pronto para ser apresentado.
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Cantores Del Mundo
1. Vocês poderiam contar um pouco sobre o trabalho de vocês?
Cantores Del Mundo é um selo que foi fundado por Tita Parra (neta da folclorista chilena Violeta Parra). O selo era simbólico, Tita pegou um desenho de sua avó e a partir dele criou uma logo. Com essa logo, ela lançava seus discos de forma independente. Em 2016, eu, Arthus Fochi, tive a ideia de profissionalizar o selo, e começar a estudar mais sobre o funcionamento do mercado digital, distribuição, planejamento, marketing, etc.
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Atualmente sou o diretor do selo e trabalho desde Copenhagen, na Dinamarca. O selo possui muitos colaboradores, mixers, masterizadores, diversos musicistas, arranjadores, e seguimos uma linha de curadoria que se destaca ao trabalhar com “cantautores” e “cantautoras”, o trabalho se aproxima do folclore, da música popular, mas sem esquecer da contemporaneidade. Além disso, possuimos dois sub-selos: Ka’a Music (dedicado ao Lo-fi, beats, e gêneros mais contemporâneos) e o MARACANÃ (dedicado à música instrumental e jazz latino-americano).
Cantores Del Mundo tem a premissa de ser um hub no futuro, como uma teia de artistas que se ajudam. A proposta é pensada de artista para artista, dentro de uma perspectiva geracional e coletiva.
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2. Qual é a importância dos selos musicais para o cenário independente?
Os selos independentes são interlocutores de uma rede de diálogos que acontece na indústria da música. Existem diferentes propostas dependendo do selo: 360°, apenas distribuição, com ou sem assessoria de imprensa, com investimento na produção musical ou não, enfim, um primeiro passo de um selo deve ser por ajudar os artistas a organizarem os seus trabalhos dentro do universo digital – posteriormente, podendo expandir este universo.
Muitos artistas contam com os selos para intermediar a relação entre distribuidoras e plataformas de streaming, por exemplo. O selo também deve fornecer um plano e cuidar para que os lançamentos aconteçam dentro de um entendimento do mercado e das etapas necessárias para que haja um crescimento ou pelo menos a perspectiva de crescimento – dentro do plano traçado.
Tendo em consideração que muitos artistas do cenário independente começaram suas carreiras sem apoio algum, a retomada e o crescimento dos selos independentes é certamente um alento e contribui para o cenário independente, ainda mais neste momento onde a música pode percorrer diversos caminhos que antes não existiam antes, como Youtube, Tik-Tok, Instagram, entre outras plataformas que somam na divulgação e na arrecadação de royalties.
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3. Quem são os artistas que compõem o selo de vocês?
Atualmente trabalhamos com diferentes tipos de contratos. Nem todos os artistas têm contratos de exclusividade. Atualmente estamos trabalhando com aproximadamente 20 artistas, entre eles:
4. Quais são os projetos e as expectativas do trabalho de vocês e para os selos musicais no Brasil em geral?
Nossa expectativa para o próximo ano é começar uma produção e distribuição de vinil dos nossos artistas, com distribuição na Europa e venda on-line para o Brasil. Acompanhamos alguns selos independentes e vemos que um crescimento tem acontecido. Apesar da dependência dos algoritmos para divulgação nas mídias sociais e do predomínio grande das majors nos serviços de streaming, podemos dizer que alguns artistas independentes tiveram uma boa projeção nos últimos 10 anos sem precisar de contrato com grandes empresas do mercado. Acreditamos que a tendência é que isso continue a acontecer cada vez mais.
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Groover Obsessions
1. Vocês poderiam contar um pouco sobre o trabalho de vocês?
Para resumir, somos uma pequena célula dentro da Groover, que acompanha os artistas em seu desenvolvimento. A ideia surgiu a partir da descoberta de projetos incríveis na Groover e quando nós enviávamos os trabalhos para selos independentes e editoras, e eles diziam “É muito legal, mas não há muito dados ou imagens suficientes, etc.” e então decidimos criar a Groover Obsessions para ajudar com isso.
A Groover Obsessions acompanha os artistas através de contratos de distribuição digital, o que nos dá a oportunidade de apresentar o trabalho às equipes editoriais e de trabalhar na estratégia de lançamento. Além disso, ajudamos com a promoção usando a Groover, relações com a imprensa e com a criação de oportunidades de apresentações ao vivo ao redor do mundo.
Envie a sua música para a Groover Obsessions 🚀
2. Qual é a importância dos selos musicais para o cenário independente?
Vivemos em uma época em que nunca foi tão fácil criar músicas, produzi-las bem e colaborar com artistas do mundo todo. Mas com grande poder vem uma grande responsabilidade como nos dizia o tio Ben. No caso da música, é muito mais difícil fazer com que seus lançamentos se destaquem e tenham alguma visibilidade.
Hoje, os artistas esperam um acompanhamento 360 graus em suas carreiras, pois isso facilita o trabalho e encontrar os parceiros certos que irão amplificar e apoiar você é a chave.
A cena independente nunca foi tão vibrante e eclética, e agora há uma possibilidade real de permanecer independente e ter uma carreira profissional. Para chegar aí, é preciso uma equipe que te ofereça feedback, conselhos e estratégias para evitar obstáculos e ganhar tempo.
Assista o vídeo e veja como usar a Groover a seu favor ⬇️
3. Quem são os artistas que compõem o selo de vocês?
Temos uma gama diversa de artistas de diferentes gêneros, origens, notoriedade e países. Sendo o Groover uma plataforma internacional, os artistas da Groover Obsessions têm espaço para se destacarem fora de seu país de origem. Você pode fazer música clássica, rock pesado, se nós gostarmos e sentirmos a energia e o compromisso do artista, estamos abertos para assinar novos artistas. Alguns do nossos artistas entre muito outros são:
- Bruno Del Rey (BR)
- Viratempo (BR)
- La Coya (VEN)
- Faux Real (FR/EUA)
- Alvin Chris (FR)
- Panaviscope (SUI)
4. Quais são os projetos e as expectativas do trabalho de vocês e para os selos musicais no Brasil em geral?
O Brasil é um lugar que vibra música, com uma cultura imensa que mistura gêneros muito diferentes, por isso a equipe da Groover tem uma queda enorme pelos artistas brasileiros e adoraria trabalhar com outros projetos no país.
Existem oportunidades reais de criar um intercâmbio internacional interessante entre os artistas da Groover Obsessions. Como a Groover tem embaixadores incríveis no Brasil, isso realmente ajudará na estratégia e na construção de relações únicas. Adoraríamos criar mais pontes com a cena local e criar uma rede maior para mostrar alguns talentos surpreendentes do Brasil.
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Conclusão
Todos os artistas sonham em integrar selos musicais que possam os acompanhar em sua carreira. Com certeza ajuda muito! Ter uma visão de fora de profissionais especializados é uma vantagem para você conseguir se desenvolver profissionalmente. Além disso, você ganhará tempo para se dedicar à música, ao seu show e na sua relação com os seus fãs.
É por isso que a Groover foi criada. Ao mesmo tempo que queremos que você mantenha a sua independência e autonomia sobre a sua arte, também queremos que você entre em contato com profissionais que acreditem no seu projeto musical de um jeito simples.
Nós recomendamos todos os selos acima. Algum deles te interessou? Não deixe enviar a sua música para eles!
– Entrevista por Max Leblanc e revisão por Thiago Cyrino –
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