A Groover fez uma entrevista completa com o renomado engenheiro de áudio Guigo Berger (Marina Sena, Tuyo, Linn da Quebrada), também escolhido para o primeiro concurso da Groover Brasil 🇧🇷.
Baterista, engenheiro de áudio, mente aberta e cuiabano, Guigo Berger já rodou o mundo fazendo mixagem de P.A e tocando. Além de ter mixado e masterizado obras primas do pop contemporâneo, como o álbum “De Primeira” da Marina Sena e “Chegamos Sozinhos Em Casa”, da Tuyo, indicado ao Grammy Latino 🏆.
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1. Guigo Berger, você poderia se apresentar e falar sobre a sua carreira de engenheiro de áudio?
Primeiramente, muito obrigado pelo convite, me sinto honrado por estar nessa com vocês. Eu não sei como falar de mim sem falar da música na minha vida. Eu cresci num ambiente musical e muito antes do áudio entrar na minha vida eu já estava na correria das gigs e gravações com minha bateria, instrumento que toco desde os 9 anos de idade.
Acho que nessa vivência de músico, o áudio veio entrando na minha devagar, quando eu vi eu já estava inteiramente interessado pelo mundo da mixagem e da masterização.
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2. Você mixou o aclamado álbum “De Primeira” da Marina Sena. Além de trabalhos da Tuyo e Linn da Quebrada. Conta um pouco mais sobre o processo de trabalhar com estes artistas?
Eu tenho sorte de trabalhar com gente talentosa e que confia muito em mim. Tanto os artistas como os produtores me deram muita liberdade para criar junto. Eu acredito que os trabalhos que a gente consegue dialogar assim é onde mais aprendemos com as pessoas envolvidas e eu pude aprender muito com todes.
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3. Guigo Berger, o que é fundamental para um artista pop levar em conta quando vai mixar e masterizar?
Não só para o pop, mas para qualquer gênero musical, o artista deve procurar se identificar com os profissionais que escolhem pra fazer parte do trabalho. É fundamental ouvir o portfólio dessas pessoas e procurar entender se aquilo que ela apresenta pode agregar no produto final. Sempre que possível também tentar entender qual a vibe da pessoa.
Na construção de um trabalho artístico a gente deposita muitas horas e energia ali, pelo bem, é importante a equipe trabalhar em sintonia.
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4. Você tem algum gênero musical ou estilo de música que você prefere trabalhar?
Eu não diria que é uma questão de preferência, mas o pop brasileiro, aquele cheio de referências culturais das diversas regiões do Brasil mexe com meu coração.
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5. Guigo Berger, como está o mercado para os engenheiros de áudio que estão começando?
Eu acredito que pra quem decide se especializar em mixagem e masterização o momento é ótimo. Mas eu acredito muito que pra conseguir se destacar precisa de uma constância de entrega efetiva, sabe?
Obviamente a gente aprende todos os dias e nosso último trabalho a gente sempre vai querer que seja o melhor. E para conseguir trilhar esse caminho com menos “cabeçada na parede” é estudar, sem dúvidas.
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Minha dica é procurar aprender muito bem os fundamentos, confiar e seguir o pessoal que está no mercado de fato. Uma base sólida é super importante pra não se perder nessa era de excesso de informações.
Procurar ter a mente aberta e saudável, cuidar da saúde física e mental é extremamente importante. Acho que isso ficou muito claro pra gente nessa pandemia.
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6. Você poderia dar algumas dicas para esses artistas que enviam músicas para você?
Eu considero uma demo atrativa aquela que a música esteja apresentada e resolvida com todos os contrastes e nuances que a produção pode entregar para deixar a música mais interessante.
Quando existe este capricho ele é notável independentemente de como foi gravado, o que importa é ter tudo a favor da música que vamos trabalhar.
– Entrevista por Max Leblanc –