A Groover trouxe um caso de sucesso inédito: quatro artistas que enviaram as suas músicas na plataforma tiveram as suas faixas incluídas no filme de romance francês “Ligações Perigosas” (Rachel Suissa), disponível na Netflix.
Graças à Kendell Entertainment, uma editora francesa, os artistas Emma Doo, Usken, Mehari e Ucci Why entraram na trilha sonora do longa-metragem internacional.
Depois de ficar sabendo dessa história, é claro que nós fomos atrás dos artistas para saber um pouco mais sobre cada um deles, e quais foram os resultados dessa sincronização.
Só para você ter uma ideia, trouxemos o depoimento do artista Mehari depois da aparição de sua música no filme da Netflix 🔥
“Em uma semana foram mais de 500 “shazam’s” e um aumento de 400% no número de reproduções nas plataformas de streaming”

Emma Doo

Você pode nos falar sobre você e seu projeto musical?
Sim, claro! Eu me chamo Emma. E o meu nome artístico é o apelido dado pela minha avó me chamava. Eu cresci em uma família musical, onde cada reunião familiar é uma oportunidade para cantarmos juntos. Tudo começou com os meus estudos de teatro e dança no ensino médio, e logo em seguida a música chegou até mim de vez.
Depois de ter dado os meus primeiros passos como compositora e cantora em bandas parisienses, eu decidi estudar na Berklee, nos Estados-Unidos. Essa passagem pela Berklee me deu forças para voltar forte para a cena musical francesa.
As minhas referências são principalmente de músicas inglesas e estadunidenses dos anos 70, 80 e 90, ou seja, você pode imaginar que a minha musicalidade tem uma forte influência oldie.
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Como você conheceu a Clémentine, curadora na Kendell Entertainment, e qual foi o processo para a sua música entrar no filme?
Conheci a Clémentine em abril de 2020, quando lancei o meu EP “Paradox”, usando a Groover como plataforma de divulgação musical. Eu enviei a faixa “Be You”, e ela aceitou. No início eu estava em dúvida, sem saber muito como funcionava o processo de sincronização. Quando a minha música foi aceita eu fiquei super feliz, li o contrato, e assinei. É incrível saber que a minha música está em um filme da Netflix.
Essa foi a sua primeira sincronização?
Sim, foi a minha primeira sincronização.
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Quais foram os resultados?
Esta sincronização me deu um impulso e agradeço infinitamente à Clementine por seu trabalho e sua confiança. Essa é uma oportunidade rara para um artista independente, é uma exposição difícil de conseguir trabalhando sozinha. É o começo de uma aventura, por isso ainda não tenho ideia de quantas portas se abrirão na minha carreira, só sei que serão muitas. Ter a sua música em um filme da Netflix é um privilégio.
Você acha que Groover pode impactar a indústria musical e permitir que artistas independentes tenham mais oportunidades?
Com certeza!
Usken

Vocês poderiam nos falar sobre vocês?
Nosso projeto nasceu das cinzas de uma banda de garagem que Isabelle e eu costumávamos tocar juntos. Eu (Yann) tinha investido muito tempo nessa banda e decidi passar para outro projeto depois que a Isabelle me convidou para uma longa viagem à Escandinávia. Na Noruega, descobrimos uma pequena ilha chamada Usken, que deu origem ao nome do nosso projeto. Nessa ilha, os músicos noruegueses que eu conheci me ensinaram o básico do Ableton Live, o que nos permitiu compor o novo projeto em duo.
Não tínhamos realmente uma ideia sobre a identidade musical que estávamos buscando. Cada um tem as suas referências: Isabelle gosta de música eletrônica. Quanto a mim, tenho um gosto particular pelos sons dos anos 60. Eu adoro músicas onde o instrumental soa “oldie”. Por isso, o nosso ponto de partida foi misturar sons eletrônicos e sons vintage. Além disso, a ausência de um baterista nos trouxe alguns timbres e ritmos incomuns, o que foi bem legal.
Em 2019 lançamos o nosso primeiro álbum, com uma série de shows planejados para março de 2020. Mas assim que a pandemia chegou, todos eles foram cancelados.
Atualmente, somos cinco no palco e ficamos felizes por termos encontrado outros músicos que dialogam com o nosso universo musical. Além disso, o nosso primeiro álbum, “Drive”, está sendo cada vez mais escutado nas plataformas digitais.
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Como você conheceu a Clémentine, curadora na Kendell Entertainment, e qual foi o processo para a sua música entrar no filme?
Entrei em contato com a Kendell Entertainment através da Groover. Eu enviei uma faixa que eu realmente gosto, “The Nest”. Ela tem uma vibe slow tempo, simples e melancólica. Eu achei que era uma música que sintetizava o nosso universo musical. Eu acredito que foi bastante ousado enviar uma faixa tão pouco radiofônica. Fiquei muito feliz que a Clémentine enxergou uma identidade forte na faixa. Isso é o mais importante para nós. Fazer música é um processo simples, difícil é criar um universo musical.
Em relação à assinatura do contrato, tudo foi muito rápido. Não demoramos para concluir as questões burocráticas. Tudo aconteceu de forma simples, transparente e eficaz.
Essa foi a sua primeira sincronização?
Sim, foi a nossa primeira sincronização. Estamos cruzando os dedos para que seja a primeira de muitas. Não sei se tem algo a ver com a identidade visual do nosso álbum “Drive”, mas a grande maioria dos feedbacks que recebemos estão relacionados ao aspecto cinematográfico de nossa música.
Isso é um grande elogio para mim, porque quando eu escrevo, todas as imagens vêm à minha cabeça. Sim, eu crio uma espécie de vídeo mental enquanto componho. E se nenhuma imagem chega até mim quando escuto nossas gravações, a faixa não fica legal. Quem sabe entramos em outros filmes da Netflix.
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Quais foram os resultados?
Todos conhecem a Netflix. Só o fato de estar associado ao nome Netflix, já valoriza muito mais o nosso trabalho diante do público e dos profissionais da música. “Take Shelter”, a faixa escolhida pela diretora Rachel Suissa, ganhou um verdadeiro impulso. Eu diria que quase dobramos nossa audiência somente na primeira semana. Mas o mais importante é que muitos dos novos ouvintes estão descobrindo nossas outras faixas.
Você acha que Groover pode impactar a indústria musical e permitir que artistas independentes tenham mais oportunidades?
Essa é uma pergunta que me instiga. Para ser sincero, eu acredito que a indústria musical ilude muito os artistas. Esse meu ponto de vista vem do meu lado punk. Mas eu espero que sim, porque na maioria das vezes os grandes artistas estão distantes dos principais meios de comunicação.
A Groover facilita a conexão dos artistas com os profissionais do mercado musical. Isso tem um valor inestimável. Além de que o trabalho de curadoria é também um trabalho de risco. Acredito que a Clémentine correu um risco ao escolher a gente e isso exige respeito. Tiro o chapéu para ela!
A verdade é que além da sincronização, a Groover também nos permitiu assinar com o selo Archi Records. Portanto, sim, a Groover funciona. Será que a plataforma nos permitirá encontrar um booker? Esse é nosso próximo objetivo!
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Mehari

Pode nos falar sobre você e seu projeto musical?
Somos um duo de Toulouse, nascido do encontro entre Pierre-Henri (guitarra, baixo) e eu (teclados, vocais). A aventura da banda começou com um remix de “Lover’s Cave” para Is Tropical e distribuído pelo selo Kitsuné, o que nos permitiu um reconhecimento internacional de primeira. Na sequência, lançamos 2 EPs, “Red Moon” e “All This Time”.
Após um intervalo, voltamos com o lançamento de “Fame”, co-produzido por Eric Chédeville, pioneiro da french touch e co-compositor de “I Feel It Coming”, do The Weekend. A faixa compõe um novo EP que será lançado em breve e que tem a sua versão remixada no filme “Ligações Perigosas”.
Como você conheceu a Clémentine, curadora na Kendell Entertainment, e qual foi o processo para a sua música entrar no filme?
Encontramos a Clémentine através da Groover.
Tudo correu muito bem. A Clémentine é uma profissional muito dedicada e que não esquece de nenhum detalhe. Ela se certificou de todos os aspectos legais, o que tranquiliza qualquer artista em relação a contratos com empresas.
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Essa foi a sua primeira sincronização?
Não, já tínhamos conseguido outras sincronizações, sendo uma delas para uma propaganda da Citröen. Mas essa foi a primeira para um longa-metragem internacional. Saber que foi para um filme do Netflix nos deixa ainda mais animados!
Quais foram os resultados?
O filme nos deu maior visibilidade e credibilidade. Nossa faixa é reproduzida por três minutos e meio durante o filme, o que é algo bastante raro dentro do cinema.
Em uma semana foram mais de 500 “shazam” e um aumento de 400% no número de reproduções nas plataformas de streaming”.
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Você acha que Groover pode impactar a indústria musical e permitir que artistas independentes tenham mais oportunidades?
Sim, eu acho que a Groover pode desempenhar um papel importante para ajudar os artistas independentes a ter acesso a maiores oportunidades, especialmente no que diz respeito à sincronização.
Ucci Why

Pode contar um pouco mais sobre o seu projeto?
O rap sempre foi para mim uma forma de expressar minhas ideias, seja para rir ou para falar sobre assuntos sérios. Minha ideia é criar músicas autênticas e que me agradam. Essa não é uma tarefa fácil, mas com o passar do tempo, eu me sinto cada vez mais satisfeito. Eu busco fazer músicas que deixem uma impressão positiva nas pessoas. Normalmente elas são divertidas e soam como um desabafo.
Eu tento colocar minha alma na minha música, faço isso desde pequena e estou super feliz de estar seguindo uma carreira musical, mesmo sendo um caminho com muitos obstáculos.
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Como você conheceu a Clémentine, curadora na Kendell Entertainment, e qual foi o processo para a sua música entrar no filme?
Cheguei até a Clémentine da Kendell Entertainment através da Groover. No início tínhamos um contrato de um single com a editora e depois a Kendell Entertainment decidiu trabalhar junto comigo no meu novo EP.
Essa foi a sua primeira sincronização?
Sim, “Freaky”, que aparece no filme “Ligações Perigosas” da Netflix, foi minha primeira sincronização.
Quais foram os resultados?
Este filme me trouxe muita visibilidade principalmente para a faixa “Freaky”. Estou muito feliz!
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Você acha que Groover pode impactar a indústria musical e permitir que artistas independentes tenham mais oportunidades?
Tenho certeza que sim. Acho que a Groover é uma ferramenta muito boa. Eu mesmo já entrei em contato com diferentes profissionais e obtive vários feedbacks, o que me permitiu ampliar minha rede de contatos.
Já imaginou a sua música em um filme da Netflix, em uma série ou uma propaganda? Não perca tempo, se inscreva na Groover e envie a sua música para a Kendell Entertainment!
– Texto traduzido por Max Leblanc e revisado por Thiago Cyrino –
