Não é de hoje que os artistas fazem diferentes versões da sua música, o que também é chamado de remix. Na verdade, as possibilidades são infinitas. A partir da versão original, os artistas podem criar desde uma versão acústica da música original até uma versão estendida.
No artigo de hoje, a Groover trouxe para você, artista independente, algumas dessas possibilidades. Além disso, nós explicamos sobre a importância dos artistas fazerem diferentes versões de suas músicas. Todos sabemos que fazer um remix intriga bastante os fãs, muitas vezes gerando muita polêmica…e isso é bom.
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1. Qual é o objetivo de fazer uma versão da sua música?
Com o aumento da produção e do consumo da música, os artistas começaram a perceber que era preciso oferecer diferentes ações aos fãs para conseguirem se destacar entre a grande quantidade de artistas emergentes. Apesar de ser algo que acontecia no passado, fazer um remix da sua música se tornou algo cada vez mais comum.
Antes de pensar em um remix, é preciso se perguntar:
- Faz sentido para a minha criação artística?
- Estou afim de revelar diferentes “vibes” através de uma mesma música?
- Qual é o meu objetivo com o remix da minha música?
Nós separamos algumas vantagens de se fazer um remix da sua própria música:
- Visibilidade: você pode atingir novos públicos e abrir oportunidades de colaboração com outros artistas ou produtores.
- Relevância artística: você está buscando revelar a minha versatilidade artística.
- Potencial: se a nova versão da sua música for especialmente única ou interessante, ela pode se tornar viral nas redes sociais e aumentar a sua exposição e popularidade.
- Evitar longos períodos sem lançamentos.
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2. Diferentes versões da sua música:
2.1. Versão ao vivo
Essa é uma das versões mais comuns. Ao gravar uma versão ao vivo da sua música, os ouvintes podem sentir a música com uma “pegada de show”. É comum os artistas gravarem sessões ao vivo com vídeo para canais do Youtube. Para dar alguns exemplos, o Tiny Desk, KEXP e Colors são canais gringos bem famosos por convidarem artistas que já estão bombando ou que estão prestes a decolar. Confira abaixo a sessão ao vivo do artista Sessa no KEXP:
No Brasil, o Cultura Livre, Showlivre e Sala de Estar são canais que abrem as portas para os novos artistas do cenário musical brasileiro e oferecem uma qualidade audiovisual profissional. Aproveite e entre em contato com os dois últimos pela Groover clicando aqui!
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Outra opção válida para os artistas independentes é produzir a sua própria sessão ao vivo. Uma grande vantagem é a possibilidade de criar o seu próprio cenário com amigos e profissionais de sua escolha e decidir sobre todos os aspectos da produção. Isso pode trazer uma personalidade para o artista e enriquecer a sua capacidade criativa, além de poder alavancar a suas redes sociais.
Uma desvantagem desse método é a possível falta de recursos, como dinheiro e equipamento para atingir um nível profissional. Além disso, se você não construir uma estratégia sólida de divulgação, existem muitas chances do seu trabalho “flopar”, pelo menos no sentido do seu público.
A versão ao vivo tem um poder muito grande: tirar o seu público do sofá para assistir o seu show ao vivo, o que continua sendo uma das tarefas mais difíceis para os artistas que estão no começo de suas carreiras.
💭 Lembre-se: é importante que a sua versão ao vivo esteja muito bem ensaiada. Você também pode adicionar novos elementos no arranjo para a sua música ganhar uma cor especial nessa versão.
⚠️ Importante: você pode incluir a sua versão ao vivo no seu Press Kit, os profissionais da música, principalmente, selos, bookers, empresários e programadores de festivais levam muito a sério a performance ao vivo do artista.
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2.2. Versão Acústica
A versão acústica é comum em muitos gêneros musicais, como na música pop, rock, rap, mas está presente na maior parte dos gêneros musicais. Em outros, como na música eletrônica, ela está praticamente ausente.
Esse tipo de remix costuma trazer uma leveza para o som e possibilitando que a sua música chegue a outros públicos, e muitas vezes trazendo um lado mais pop. Por exemplo, a banda santista Charlie Brown Jr. tinha o talento de transformar músicas cheias de guitarras distorcidas e linhas de baterias sofisticadas, em versões mais românticas e praieiras.
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Outro gênero musical que explorou bastante as versões acústicas é o rap. Por exemplo, no Brasil, o grupo de rap carioca 3030 ficou muito conhecido por suas versões acústicas.
Algo interessante de se notar é que a versão acústica costuma trazer instrumentos como violão, percussão, baixo acústico e menos instrumentos digitais. Essa combinação carrega o universo do “luar” na praia ou na praça do centro da cidade. A versão acústica carrega um aspecto mais intimista para os ouvintes, como se o artista estivesse na sala de sua casa podendo ser muito estratégica para sua divulgação.
Para além do lado do marketing musical, a versão acústica revela a organicidade da composição e a autenticidade do intérprete. É muito interessante saber disso, pois muitos especialistas do som alegam que uma música boa deve soar bem apenas com voz e violão.
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2.3. Versão Alternativa
Fazer versões da sua música reflete a sua riqueza artística. Talvez, a versão alternativa seja uma das mais criativas das versões, pois exige uma remodelamento equilibrado da sua própria música. Esse é um caminho bem amplo. Você pode, por exemplo:
- Fazer uma versão da sua música com outro gênero musical: electronic mix, dub mix, reggae mix
- Mudar a velocidade da sua música: speed up mix, slow mix
- Fazer uma versão lo-fi da sua música
- Fazer uma versão instrumental
- Fazer uma versão estendida da sua música: explorar partes instrumentais, partes adicionais, etc.
Uma grande vantagem de fazer versões alternativas é que pode ser vantajoso estrategicamente para atingir diferentes nichos, é o caso com a música lo-fi e o pop eletrônico, que são nichos bem definidos. Mas claro, se fazer versões alternativas é algo que não cabe na sua proposta musical, é melhor manter os pés no chão.
Confira a versão acelerada da faixa “bad habit” do Steve Lacy. ⬇️
2.4. Versão Caseira
Aqui estamos falando sobre versões gravadas em vídeo com o seu celular ou com uma câmera/microfone semi-profissional ou profissional. Essa é uma das versões da sua música mais simples de se fazer, mas é preciso prestar atenção em alguns detalhes importantes:
- Cenário e styling: apesar da simplicidade, o fundo do seu vídeo e a sua roupa contam muito na sua divulgação enquanto artista independente.
- Qualidade: não estamos falando de uma qualidade de vídeo e áudio incrivelmente profissional, mas é importante que a sua música e o seu vídeo tragam uma qualidade para o seu público nas redes sociais.
- Proximidade com o público: a versão caseira não pode ter uma produção muito elaborada, porque a sua principal ideia é trazer um ar descontraído e espontâneo.
A versão caseira pode ser tratada como um conteúdo para levar os ouvintes até as plataformas digitais para escutar a versão original. É uma estratégia que tem sido cada vez mais usada pelos artistas independentes, pois aproxima muito bem o artista com o público.
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2.5. Versão colaborativa
A versão colaborativa é a versão da sua música na na qual você convida um artista para fazer uma participação em uma música já gravada. É mais comum que o artista já grave a versão original com um artista convidado. Mesmo assim, convidar um artista para gravar uma nova versão da sua música pode trazer algo totalmente diferente e inesperado para o público.
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O fato de colaborar com um artista reflete a sua capacidade de integrar dois universos musicais distintos ou complementares. Além disso, é a possibilidade de expandir a sua música para o público do artista que estará fazendo a colaboração.
Além desse tipo de colaboração, você também pode convidar algum artista, DJ ou produtor para fazer um remix da sua música, o que é muito comum também.
A colaboração artística também conta para as sessões ao vivo e para os seus shows. Isso agrega muito valor para sua imagem enquanto artista, além de fomentar nicho musical e criar laços profissionais duradouros.
Confira abaixo a releitura da faixa “VENTO” da banda Viratempo com a artista ÀIYÉ. ⬇️
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2.6. Releitura
Fazer a releitura é fazer uma versão que provavelmente vai mexer no arranjo, nas harmonias e até mesmo na melodia. Pode ser uma estratégia arriscada e inusitada, mas se bem trabalhada, pode ser incluída em um lado B do seu álbum, ou em um EP apenas com releituras e remixes de suas músicas.
Nós recomendamos que esse trabalho tenha um acompanhamento de um produtor, dessa forma o artista conseguirá encontrar um equilíbrio entre a versão original e a releitura. Poucos artistas arriscam esse tipo de versão de música porque pode acabar decepcionando muitos fãs e distorcendo a obra original. Mas também pode despertar novos ouvintes, assim como todas as possibilidades de versões da sua música e que listamos até aqui.
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2.7. Versão Cover
A versão cover não é uma versão da sua música, mas sim de um outro artista. É a possibilidade de você colocar a sua identidade em uma música que já estourou. Isso acontece muito no mercado musical, e não são apenas artistas pequenos que fazem isso, inclusive é algo muito comum entre os artistas maiores.
Antes de lançar qualquer cover, é importante ver se a sua interpretação casa bem com a música escolhida. Além disso, é preciso conhecer bem as pequenas regras sobre lançar uma música cover na Internet.
No exemplo abaixo, a Amy Winehouse gravou uma versão cover de “Valerie”, que é originalmente da banda The Zutons. ⬇️
Você já imaginou alguém fazendo cover da sua música? Isso pode acontecer, e, se feito da maneira correta, pode ser muito benéfico para expandir a visibilidade do seu trabalho.
➡️ Confira o nosso artigo sobre lançar versão cover aqui.
3. Conclusão
A criação artística é sem limites e diz respeito à liberdade de explorar as diferentes universos estético-visuais e musicais. Fazer um remix da sua própria música é um desafio para os artistas, assim como para a recepção de seu público. Por isso, não descarte essa opção, vá em frente e boa sorte!
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