O quarteto curitibano vinha fazendo bastante barulho entre os fãs brasileiros de gêneros musicais como post-hardcore e shoegaze. Para a alegria de todos, o álbum “olhar para trás” chegou às plataformas digitais no after do carnaval.
A terraplana, que ganhou grande destaque após vencer um concurso organizado pela Groover Brasil para tocar no Balaclava Fest, organizado pelo Balaclava Records, lançou o seu primeiro álbum pelo selo paulistano de música indie.
O primeiro álbum cheio da banda foi produzido por Gustavo Schirmer (Terno Rei/Jovem Dionísio) e foram mixadas/masterizadas por Nico Braganholo (Terno Rei/Jovem Dionísio) .
Nós ficamos muito felizes de fazer parte da história e conquistas de artistas independentes como a terraplana. E foi todo esse entusiasmo que nos levou a conversar com a banda sobre o lançamento do álbum e este novo momento.
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1. terraplana, vocês poderiam contar um pouco mais sobre vocês?
Stephani: Tudo começou quando lançamos o nosso primeiro EP “Exílio” no final de 2017. Apesar de ter sido um trabalho completamente independente, DIY (Do It Yourself) e lo-fi (lo-fidelity), tivemos uma boa recepção por parte do público, o que nos impulsionou a fazer vários shows em 2018, rodando pelo Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
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Em 2019 também fizemos alguns shows marcantes ao lado de bandas como Terno Rei, Adorável Clichê e eliminadorzinho. No mesmo ano decidimos focar em terminar de compor o novo álbum, porém por conta de vários imprevistos, como a pandemia, o trabalho demorou um pouco mais do que esperávamos para ser lançado, mas acreditamos que ele chegou no momento certo.
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2. Qual é a história de « olhar pra trás » , álbum de estreia da banda?
Wendeu: O álbum começou a ser composto em 2018 e só terminamos em 2022. No decorrer desses quatro anos todo mundo passou por mudanças, fomos amadurecendo e, de certa forma, as composições acompanharam esse movimento.
Escute “olhar para trás” em todas as plataformas digitais
“olhar pra trás” trata daqueles momentos em que analisamos a vida e os acontecimentos com um olhar crítico a fim de expurgar as dores do passado e seguir em frente com mais otimismo.
3. As letras do álbum revelam muita auto-reflexão. Todos vocês se amarram em temas de autoconhecimento?
Stephani: Acho que é comum entre nós essa busca por amadurecimento, melhorar nossas relações com as pessoas e com o mundo em geral. A própria experiência de termos uma banda nos ensina muito diariamente, porque temos que gerenciar um relacionamento entre 4 pessoas, além disso somos amigos e acabamos compartilhando os desafios da nossa vida pessoal um com o outro. Eu diria que inconscientemente acaba sendo um tema que permeia as nossas discussões e que se reflete naturalmente no momento de composição das músicas.
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4. « conversas » e « um sonho, um fim » chamaram a nossa atenção. Qual é a leitura que vocês fazem dessas duas faixas?
Vinícius: “conversas” foi uma das primeiras composições do álbum. O nome vem de uma das interpretações que tínhamos para a letra: um diálogo consigo mesmo. O primeiro nome dessa faixa era “conversas na frente do espelho”.
“um sonho, um fim” chegou como uma introdução para próxima faixa, “você”, tocávamos ela ao vivo e queríamos criar a mesma atmosfera para introduzir a próxima música e acho que funcionou legal uma faixa instrumental no meio de tudo.
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5. Qual foi a intenção de usar acordes mais abertos e mesclar vozes masculinas /femininas?
Vinícius: Isso de usar acordes mais abertos nunca foi pensado propositalmente, e eu pessoalmente não acho que tenha tanto acorde aberto assim, apesar de que a maioria das faixas terminam de uma forma positiva ou otimista. Acho que isso vem, no geral, da forma como vemos o mundo e nossas relações. Isso é bem visível em algumas músicas do EP como “lamento” e “virou crime”.
Stephani: Nós sempre misturamos os vocais femininos e masculinos desde o início da banda, acho que isso é uma característica das grandes bandas de shoegaze e que funcionou super bem com as nossas vozes e nosso jeito de cantar. A textura criada com esse dueto acaba deixando todas as músicas com um ar etéreo e onírico.
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6. terraplana, um ano atrás vocês tocaram no Balaclava Fest através de um concurso da Groover, como foi essa experiência?
Cassiano: O Balaclava Fest aconteceu na melhor hora, bem na época que estávamos produzindo o disco. Aproveitamos para tocar as músicas do álbum com os arranjos finais e a recepção nos animou ainda mais. O concurso e o festival abriram portas para gente entrar no radar de muita gente nova, trazendo um público que com certeza se identifica com nosso som, mas que ainda não conhecia.
Além disso, foi o pontapé inicial da conexão com a Balaclava para o lançamento do disco através do selo. O show e o festival inteiro foi diferente de tudo que tínhamos feito antes, foi perfeito desde nossa chegada no lugar, a passagem de som, o profissionalismo de toda a equipe e a recepção de todo mundo que estava assistindo nosso show. Era muita gente!
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7. Agora com um dos selos mais importantes de música indie brasileira, quais são os planos futuros da terraplana?
Vinícius: Acho que agora o momento é de promover o álbum ao máximo, tocar em cidades que nunca fomos antes e fazer o nosso som chegar pro máximo de pessoas possível. A Balaclava tem nos ajudado muito nessa missão.
Além dessa parte de ir pras cidades, também estamos com planos de lançar uma sessão ao vivo tocando as músicas do álbum, que de certa forma também ajuda a entregar nossa performance para novas pessoas.
Nós temos o desejo de produzir um novo merchandising e quem sabe um disco de vinil, que seria lindo! E no meio tempo de tudo isso, começar a fazer novas músicas para o nosso segundo álbum.
Confira as próximas datas de show da banda terraplana:
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– Entrevista por Max Leblanc –