menino thito grava single após vencer concurso da Groover com Festival Saravá

par Max Leblanc
menino thito grava single após vencer concurso da Groover com Festival Saravá

menino thito é daqueles artistas que trazem criam um universo sonoro e estético autêntico e original. Muito influenciado pelo R&B e pelo rap, o artista também caiu nas graças do público indie e MPB.

Depois de ser selecionado para o concurso da Groover com o Festival Saravá, o artista produziu o single “Quebradin‘” que narra sobre o que pode sobressair de encontros casuais. A faixa teve produção de Paulo Pfutzen e masterização de Junior Antonini, da Outro Selo e da AIMEC respectivamente, dois parceiros do concurso. O concurso envolveu produção, gravação, mixagem, masterização, distribuição pela Groover Obsessions e divulgação pela Groover.

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Confira abaixo a conversa que tivemos com o menino thito 👇

1. Quem é menino thito?

Um rapaz de muitas convicções, gosta de descobrir novos discos todos os anos, recomendar para os amigos, ama suas amizades, adora chá mate, bairrista da zona leste de São Paulo. Além de artista também é educador, assiste videos de “drum cam” mesmo não tocando bateria, é multi-instrumentista, mas o único instrumento que teve aula foi violoncelo. E, quando acredita que não tem nada pra fazer, apesar de ter, joga Subway Surf quinzenalmente por no máximo 1 hora.

| Instagram do menino thito | TikTok do menino thito

Thito era como minha mãe me chamava na infância e “menino thito” foi o apelido que uma amiga me deu quando entrei na faculdade, então é quase meu nome real. Por muitos anos acreditei que adotar o menino thito fosse só mais um alter ego de quando comecei a fazer música profissionalmente, mas acho que essencialmente não consigo separar isso do Thiago.

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2. menino thito, qual é a história de “Quebradin'”?

Nos últimos 5 anos vivi relações muito diversas, tanto amorosas quanto com meu círculo de amizade e tenho refletido muito em como essas trocas me moldaram e afetaram, no sentido da palavra “afeto” mesmo. “Quebradin‘” veio logo após meu último EP “!Que Bom Que Chegou!”, onde narro algumas dessas relações. A ideia do single veio de um lugar que eu explorei muito pouco na minha música, que era falar de relações casuais e quais sensações percorrem nossa cabeça à medida que estamos diante delas. Parece que é um tópico sensível se permitir uma reflexão breve sobre a existência dessas relações na nossa vida e como construímos vínculos afetivos mesmo em experiências tão breves como essas.

Escute agora “Quebradin'” nas plataformas digitais 🎧

3. O clipe é bem “quente” e “sedutor”, qual foi o fio condutor deste trabalho do menino thito?

A maioria das minhas referências eram clipes dos últimos 15 anos do rap estadunidense que tinham bastante close, flash e câmera lenta, como em trabalhos de Earl Sweatshirt, Vince Staples, Kendrick Lamar, e também clipes de R&B ao Rock Alternativo, de artistas como Moses Sumney, Holly Humberstone, além clipes latinos de Romeo Santos e Rosalía, que envolvem cores quentes. Além disso, sou fã do trabalho de um fotógrafo vietnamita chamado Zdream.

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Como eu também trabalho com design e direção de arte, gosto sempre de pensar uma base em planos fotográficos e cores em um moodboard que eu possa enviar pra minha equipe de audiovisual. Quando mostrei as ideias para eles, mergulhou de cabeça em toda a construção visual, fiquei muito satisfeito com o que criamos.

Assista ao clipe de “Quebradin'” abaixo👇

4. menino thito navega como ninguém entre rap, R&B e psicodelia, quais são suas influências musicais?

É uma pergunta difícil pra mim porque eu escuto muitos sub-gêneros, desde boom-bap brasileiro até metal moderno britânico. Mas no Brasil minhas maiores referências do momento são: nabru, Bonsai, YOÙN, Xênia França e Gabriel Ventura. Internacionalmente gosto bastante de: Smino, Samm Henshaw, Little Simz, Goldlink e Alfa Mist.

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5. Você tem uma identidade forte, como rolou essa construção desde o primeiro lançamento?

Desde que lancei meus primeiros EP’s me preocupei bastante com questões visuais e os elementos sonoros e em 2021 acabei fortalecendo ainda mais o papel de elaborar um material que cativasse o público que iria me conhecer. Vejo muita gente defender que não importa fazer uma capa bonita ou uma identidade visual, mas como alguém que mexe com design gráfico desde os 15 e cursa História da Arte, acredito que a imagem sempre foi uma ferramenta vital de comunicação. A mesma coisa acontece quando a discussão se dá sobre o que escrever ou tocar, e que a gente precisa focar em um gênero X ou Y na nossa carreira. Pra mim, quanto mais você explora linguagens distintas que fazem parte da sua essência, mais rico é o processo de se entender musicalmente.

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6. Como foi a experiência de trabalhar com Outro Selo, AIMEC e Groover?

Vou guardar pra minha vida! Até janeiro de 2024 eu nunca tinha viajado pra fora do estado de São Paulo, e quando passei na primeira e na última fase de seleção do concurso não sabia muito o que esperar, mas tinha a plena certeza do quão feliz fiquei e que precisava aproveitar tudo o que viria a partir disso.

Vou guardar pra minha vida!

Como eu ainda não tinha banda e costumo produzir minhas músicas sozinho, meu amigo Dennis trouxe elementos no beat, o Paulo [produtor da Outroselo] gravou a bateria, me guiou no processo de produção, e eu mesmo gravei todos os instrumentos de corda. Quero aproveitar pra agradecer imensamente a equipe Groover (em especial o Max), o Paulo da Outro Selo e o Junior da AIMEC, todos foram comprometidos na construção da música e em me auxiliar, foi o single que tive mais orgulho de fazer até agora.

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menino thito no Tranquilo

7. menino thito, quais os seus planos futuros?

As pessoas já podem esperar um próximo EP em 2025 e alguns shows que estou organizando em São Paulo e outras regiões do Sudeste, montei um novo formato de show com banda, arranjos diferentes, novas texturas, vai ser interessante. Além disso existem algumas pessoas que estou colaborando musicalmente e tenho certeza que muita gente vai gostar de saber quem são!

Entrevista por Max Leblanc

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