A inteligência artificial está transformando muitos mercados e o setor musical é um deles. Quando falamos de inteligência artificial na música, é possível imaginar diferentes utilidades para músicos, cantores, compositores e produtores.
Esse é um tema polêmico, pois muitos acreditam que essa ferramenta poderá substituir o trabalho do artista. Porém, observando a história humana, sabemos que nada substituirá o coração e a alma do artista. Além disso, nós já podemos ver que a tecnologia está facilitando e aprimorando processos na indústria musical.
A Groover trouxe um artigo com tudo o que você precisa saber sobre inteligência artificial na música.
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1. Como usar a inteligencia artificial na música?
A inteligência artificial está sendo utilizada para aprimorar a criatividade, a composição, o desempenho, a produção e até análise. Aqui estão algumas maneiras de utilizar a inteligência artificial na música:
A. Educação musical: teoria, aprender a tocar um instrumento e treinamento da audição
A inteligência artificial pode ser muito útil para ajudar cantores, compositores e intérpretes na educação musical. A plataforma Chordify, por exemplo, usa inteligência artificial. Uma das grandes inovações é a sua capacidade de extrair acordes de qualquer fonte de áudio e apresentá-los na tela em questão de segundos. Quer aprender uma música no violão, mas apenas usando acordes com os quais está familiarizado? A plataforma também propõe a busca de músicas com base em acordes específicos.
B. ChatGPT para dicas de composição
O ChatGPT, da empresa estadunidense Open AI, pode ajudar os compositores a superarem bloqueios criativos propondo rimas e completando as suas letras. Você também pode solicitar à plataforma um feedback e sugestões sobre o que escreveu. Pense no ChatGPT como um dicionário de última geração. Se quiser dar um passo adiante, você pode até mesmo ter uma conversa com a ferramenta para explorar diferentes temas de músicas, emoções e estados de espírito que você deseja transmitir.
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C. AIVA e Boomy para composição musical
Cada vez mais plataformas estão usando a inteligência artificial na música, principalmente no que diz respeito à composição musical. Essas plataformas, como AIVA e Boomy, por exemplo, permitem que os artistas componham músicas com base em parâmetros específicos. Você pode escolher diferentes gêneros musicais, ritmos e vibes para personalizar o instrumental e especificar os instrumentos que deseja usar. Alguns compositores já estão usando essas plataformas para criar trilhas sonoras para filmes, videogames, etc. A grande vantagem é que, como essas composições são geradas pela inteligência artificial, o compositor não precisa adquirir uma licença de música, que normalmente tem um custo elevado.
D. Inteligência artificial para mixagem e masterização
Para os artistas independentes, uma mixagem com inteligência artificial pode ser vantajosa. As ferramentas analisam as faixas e ajustam automaticamente os volumes, o pan, equalização, eliminação ou ruídos indesejados.
A maioria dessas ferramentas funciona como plug-in nos softwares, por exemplo, o iZotope Neutron e o Waves eMotion LV1. Inclusive, algumas distribuidoras de música como a LANDR, já oferecem serviços de masterização com inteligência artificial por preços muito acessíveis e de boa qualidade.
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E. Ferramentas de produção: separando as vozes do instrumental
A inteligência artificial na música pode ser muito útil para isolar determinados instrumentos ou separar os vocais do instrumental. Se você deseja samplear uma faixa, por exemplo, mas quiser apenas remixar as vozes, você poderá usar ferramentas como LALAL.AI ou Spleeter da Deezer.
F. Use Diffusion Bee para criar uma capa de álbum
O Diffusion Bee é um serviço gratuito de inteligência artificial no Mac que permite gerar suas próprias imagens a partir de um texto. Além disso, existem outras plataformas de inteligência artificial que permitem a geração de imagens e ilustrações, então por que não criar uma capa de álbum com elas?
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G. Use a inteligência artificial na música para escrever conteúdo
Se você estiver com dificuldades para escrever sobre o seu projeto musical, você pode recorrer ao ChatGPT.
💭 Lembre-se: forneça o máximo de informações à ferramenta para que ela possa elaborar o conteúdo que você está buscando, como por exemplo, uma biografia, press release, projetos de captação e legendas do Instagram.
H. Inteligência artificial para transcrição de músicas
A inteligência artificial pode ser usada para transcrição de músicas, convertendo gravações de áudio em escrita, partituras ou até mesmo arquivos MIDI. Existem várias ferramentas disponíveis para estes tipos de serviço, como AnthemScore, MelodyScanner e ScoreCloud.
Estes serviços podem realmente acelerar processos de transcrição, por exemplo, para as partituras dos músicos que te acompanham em seus shows.
I. Prática e performance ao vivo
Os algoritmos de inteligência artificial estão começando a acompanhar os músicos em tempo real, adaptando-se à sua forma de tocar, criando harmonias, melodias e até mesmo ritmos complementares. Isso pode ser útil para a prática, apresentações ao vivo ou improvisação.
O Yamaha AI Music Ensemble analisa a performance de um músico e gera um acompanhamento apropriado com vários estilos, gêneros e instrumentos musicais. Esse tipo de inteligência artificial na música será certamente cada vez mais desenvolvido futuramente.
É claro que todas essas ferramentas devem ser usadas com a intenção de aprimorar a criação e facilitar o trabalho dos artistas se não quisermos que os artistas sejam totalmente substituídos pela inteligência artificial. Acima de tudo, os artistas devem continuar a criar os seus projetos com o coração e com suas histórias únicas. Não existe nada mais precioso e único do que a experiência de cada artista.
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2. Inteligência artificial na música: a Inteligência artificial substituirá os artistas?
Todas essas inovações levaram muitos especialistas a se perguntarem: a inteligência artificial na música substituirá os artistas?
Embora a inteligência artificial tenha feito avanços significativos na música e simplificado certos processos, existem alguns aspectos da expressão artística que estão profundamente enraizados nas experiências, emoções e na individualidade dos seres humanos, fazendo disso algo dificilmente substituível.
Certamente, a inteligência artificial já está transformando a indústria musical e está sendo muito útil para criação, automatização de determinadas tarefas, economia de tempo e dinheiro.
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No entanto, é importante reconhecer que a arte não se trata apenas do resultado final – trata-se também de um processo criativo, de uma experiência pessoal e da conexão humana que os artistas estabelecem com o seu público.
Em vez de substituir os artistas, os especialistas dizem que é mais provável que a inteligência artificial na música continue evoluindo como uma ferramenta para aprimorar o seu trabalho, como um parceiro de trabalho que pode te ajudar a despertar a criatividade. Em última análise, muito se fala sobre o seu papel simbiótico no campo da criatividade, mais do que uma substituição da máquina pelo ser humano.
– Traduzido por Max Leblanc –